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Ordem para rebelião em Manaus saiu de presídio de segurança máxima
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Publicado em 09/01/2017

Prisão no MS reúne principais chefes de facção que ordenou matança. 
Quadrilhas disputam controle de região estratégica para entrada de drogas.

A ordem para a rebelião que resultou no massacre de 56 detentos no Complexo Anísio Jobim, em Manaus (AM), na semana passada, foi dada a mais de 2 mil quilômetros de distância, no presídio federal de segurança máxima de Campo Grande (MS). A informação divulgada pelo Fantástico, da TV Globo, é de autoridades federais e estaduais.É no presídio em MS que estão encarcerados os chefes da facção criminosa que controla o tráfico de drogas na região Norte do Brasil. O principal deles aparece em imagens obtidas pela Polícia Federal. O traficante José Roberto Fernandes Barbosa, de 44 anos, é conhecido no mundo do crime como Zé Roberto da Compensa.

Ele foi preso na Operação La Muralla, em 2015, com mais 16 chefes da facção. Eles foram mandados para para prisões federais fora do Amazonas, no Regime Displinar Diferenciado (RDD), em que o criminoso fica em isolamento.

Os chefes continuam presos, mas passaram a ter direito a visitas. Segundo as autoridades, a ordem que chegou a Manaus foi executada por bandidos do terceiro escalão da quadrilha, para matança de presos de uma facção rival, da região Sudeste, que estaria em disputa com a quadrilha amazonense pelo controle do tráfico na região Norte.

O presídio fica localizado em uma área estratégica: a rota do Solimões, por onde é escoada a droga produzida no Peru e na Colômbia, maiores produtores mundiais de cocaína. A rota pelo rio é um dos prinicipais corredores do tráfico no Brasil e é um esconderijo.

"Basicamente o que a gente tem conhecimento é a utilização de saída da calha principal do rio, utilizando igarapés, furos e utilizando a navegação no período noturno", afirmou o capitão dos portos de Tabatinga (AM), Rogério Amorim. O Rio Solimões tem 1,6 mil quilômetros, entre a cidade na Tríplice Fronteira e Manaus.

 
 
 
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