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Comil,Indústria de Erechim demite quase metade dos funcionários de uma vez
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Publicado em 02/09/2016

Uma empresa de Erechim , na Região Norte do Rio Grande do Sul, demitiu 850 dos 1,8 mil funcionários na quinta-feira (1º). A Comil, indústria que fabrica ônibus, alega que a medida foi adotada por conta da crise financeira pela qual passa o país.

“É difícil, muita gente desempregada agora no meio, até achar um emprego vai ser complicado”, lamentava a metalúrgica Denise Rodrigues, que após nove anos de trabalho foi uma das demitidas.

Os trabalhadores foram dispensados na segunda-feira (29) e ficaram sob licença remunerada até a quinta, quando foram demitidos. Neste período, o sindicato dos metalúrgicos tentava uma negociação.

“Os critérios que foram colocados pela empresa nas negociações não foram cumpridos, nós temos todos os membros de uma família só que foram demitidos, temos pessoas que estavam prestes a se aposentar que foram demitidas, pessoas que estavam doentes, pessoas até mesmo com estabilidade da CIPA (comissão interna de prevenção a acidentes) , que simplesmente foram demitidos. Então não se respeitou nenhum critério daquilo que havia sido feito nas negociações”, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Fábio Adamczuk.

Desde o início do ano a cidade de Erechim tem um saldo de 131 demissões na indústria, levando em conta o número de vagas abertas e fechadas no período, conforme dados do Ministério do Trabalho. A indústria foi o segundo setor mais impactado pelas demissões, atrás apenas da construção civil.

"Eu estou aposentado, aposentei com pouco, mas o salário daqui me ajudava bastante. Hoje em dia está complicado e o emprego hoje em dia não está fácil para ninguém”, dizia com lágrimas nos olhos Lino Skovronski, que após 26 trabalhando na empresa Comil acabou sendo um dos demitidos.

Durante a tarde desta sexta-feira (2), será realizada uma nova reunião da empresa com o sindicato da categoria.

Por meio de nota, a Comil diz que os desligamentos fazem parte de uma restruturação para se adequar ao mercado interno afetado pela crise pela qual passa o país.

Fonte: G1

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