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Economista diz que chegou a hora das medidas amargas
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Publicado em 01/09/2016

Em seu primeiro pronunciamento em cadeia nacional como presidente, Michel Temer (PMDB) defendeu a reforma da Previdência e mudanças na legislação trabalhista.  Ele afirmou que seu compromisso, no que lhe resta de tempo no poder, é "resgatar a força da economia e recolocar o Brasil nos trilhos".

No vídeo de cinco minutos, o presidente deixou claro que, para isso, será necessário adotar medidas impopulares.

Durante os cinco minutos de discurso, o presidente justificou algumas ações tomadas enquanto estava como presidente interino, entre elas a proposta que cria teto para os gastos públicos, e disse que se não houver uma reforma da Previdência, "em poucos anos o governo não terá como pagar os aposentados".

Temer defendeu ainda a modernização das leis trabalhistas e pregou mais uma vez a pacificação do país. O presidente prometeu ainda dialogar com "todos os setores da sociedade" e disse que respeitará a independência entre os Três Poderes.

"Tenho consciência do tamanho e do peso da responsabilidade que carrego nos ombros. E digo isso porque recebemos o país mergulhado em uma grave crise econômica: são quase 12 milhões de desempregados e mais de R$ 170 bilhões de déficit nas contas públicas. Meu compromisso é o de resgatar a força da nossa economia e recolocar o Brasil nos trilhos", disse o presidente.

O professor de Economia da Unijuí, Argemiro Brum, entende que o presidente Michel Temer começa seu mandato com a obrigação de entregar as medidas amargas que prometeu adotar para evitar um colapso nas contas públicas. Com o desfecho do impeachment, o discurso do presidente, até agora cauteloso, deve assumir tom mais duro em torno da aprovação do ajuste fiscal.

“Acredito que a prioridade deveria ser as reformas estruturais. Ali é que estão acontecendo gastos públicos desenfreados, também. Com isso, se permitiria avançar no ajuste fiscal, que é fundamental. Um caminho é cortar despesas profundamente e ajustar a máquina do Estado ou se aumenta impostos para arrecadar mais - afirmou Brum por telefone direto de Ijuí.

De 1997 a 2015, a despesa pública cresceu, em média, a uma velocidade 6% superior à inflação. Uma situação que colocou a trajetória da dívida pública numa rota explosiva em direção a um patamar superior a 90% do Produto Interno Bruto (PIB).

Fonte: Rádio Colonial AM

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