Um dos maiores desastres decorrentes da força da natureza em Porto Velho foi registrado no início da noite do último sábado (13), em um porto de carga e descarga instalado na margem direita do rio Madeira, região de uma localidade denominada Belizário Pena. Pelo menos 14 veículos, dentre eles carretas, motocicletas, carros de passeio e utilitários que estavam em uma balsa foram arrastados pelo desbarrancamento.Por muita sorte não foi registrada nenhuma vítima fatal e nem pessoas
desaparecidas, de acordo com o coordenador da Defesa Civil Marcelo Santos. Segundo o condenador esse fenômeno natural ocorreu devido ao encharcamento do solo que desde a histórica enchente de 2014, deixou a área do rio com duas camadas, uma argilosa e outra arenosa, propícia a sedimentos.
CONTAMINAÇÃO
Os veículos de carga estavam todos abastecidos com material asfáltico, que seriam transportados para cidades do interior do Amazonas. A Defesa Civil municipal e estadual, juntamente com IBAMA, CPRM e Corpo de Bombeiros estão em uma ação conjunta para tentar evitar que o líquido vazado se espalhe e cause danos a água do rio. “O risco de contaminação é grande, mas estamos trabalhando para evitar esse dano, que pode causar malefícios aos peixes e toda a comunidade que consome a agua”. Disse Santos.
LEGALIDADE
O porto estava em plena operação, porém ainda não foi apresentado nenhum documento de legalidade, pois o escritório onde podem estar licenças e autorizações foi arrastado pela erosão. Desde o ocorrido o porto foi lacrado, interditado e os donos notificados a apresentarem as devidas certidões de funcionamento.
OUTROS RISCOS
Toda a área ribeirinha está comprometida segundo a Defesas Civil, e notificações foram entregues a moradores do baixo e médio madeira. O risco de desbarrancamento é muito grande devido ao banzeiro, decorrente das navegações e também pela força da correnteza. Comunidades como São Carlos, Papagaio, Terra Caída e outras tiveram grandes áreas consumidas pela força do rio.
Parte da Estrada De Ferro Madeira Mamoré, que fica na região do Cai N’agua e Belizário não foi engolida pela erosão, por conta da parede de contenção que foi montada no ano passado. A frente de defesa alerta para moradores e curiosos que não se aproximem do local, pois pode haver a qualquer momento outro tipo de evento.
Fonte: Rondoniaovivo