Novos casos de abigeato (furto de animais) voltaram a ser registrados nos últimos dias em Passo Fundo e Região. No mais recente deles, na última segunda-feira, (08) a Brigada Militar atendeu uma ocorrência na localidade de Rincão dos Lopes, interior de Mato Castelhano. De acordo com o relato da vítima, o agricultor Cassio Vidal Viebrantz, de 30 anos, nos últimos 45 dias ele teve cinco vacas holandesas furtadas.
Outra vítima dos abigeatários, é o agricultor e comerciante Jair Chimarosti, que possui uma propriedade rural no trecho entre Passo Fundo/Carazinho, nas margens da BR 285.Ele desabafou nos microfones da Rádio Uirapuru, afirmando que não aguenta mais tamanha insegurança.
Conforme ele, a violência tomou conta do dia a dia também do produtor rural. Destacou que foi avisado que roubaram e depois carnearam suas vacas ainda na propriedade rural e, quando foi até lá para conferir o fato, foi avisado de que assaltantes roubaram seu estabelecimento comercial no perímetro urbano.
Chimarosti lamentou a falta de segurança e citou que os ladrões fazem o que querem no interior porque sabem que estão lidando com pessoas de bem, que não se envolvem em crimes e que apenas trabalham corretamente.
Comandante Regional da Brigada Militar afirma que policiamento no interior será reforçado
Respondendo ao apelo dos agricultores de Passo Fundo, que estão preocupados diante da onda de abigeatos no interior, o Comandante Regional da Brigada Militar, Comandante Fernando Carlos Bicca, falou sobre a situação ao vivo na Uirapuru.
Conforme ele, a Patrulha Rural deverá intensificar as rondas no interior, mas flagrar este tipo de ação é muito difícil. Frisou que geralmente o crime é rápido e ocorre de noite, sendo que até mesmo o proprietário não percebe a ação. Bicca lembrou da mudança na lei que trata este tipo de crime, onde no último dia 2 de agosto o presidente Michel Temer sancionou as novas regras que endurecem a punição para quem rouba e também quem recebe a carne fruto do abigeato.
Sobre a nova lei, o comandante acredita que não deverá intimidar os criminosos, que agem sempre na sensação de impunidade. Para Bicca, o estatuto do desarmamento teve uma falha ao restringir o porte de arma também aos produtores rurais, que hoje em dia necessitam da arma como única forma de proteção contra o crime.
Fonte: Rádio Uirapuru