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Empresário, ex-esposa e farmacêutica são presos em Erechim por comércio ilegal de medicamentos
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Publicado em 28/07/2016

A Polícia Civil de Erechim  prendeu ontem (27) os donos de duas empresas distribuidoras de medicamentos que atuavam em Barão de Cotegipe e Erechim, além de uma farmacêutica. Os três  foram presos em flagrante  pelo delegado Gustavo Ceccon, titular da Defrec Erechim. Diego Fossati (33), natural de Carazinho, e a ex-esposa, Manuella Samonek Haas (32), natural de Passo Fundo, operavam as empresas Eremed e Klima, localizadas na Av. 21 de Abril, no centro de Erechim.

Eles foram indiciados por tráfico de drogas e adulteração de medicamentos, além de sonegação fiscal. A farmacêutica responsável pelas empresas, Daniele de Oliveira Constante Barros (37), natural de Maceió e moradora de Erechim também foi presa. Os três já estão no Presídio Estadual de Erechim.

Segundo a polícia, as empresas estão em nome da ex-esposa de Diego Fossati, porque este não possui condições legais para ter empresas em seu nome. A polícia encontrou uma grande quantidade de medicamentos controlados, armazenados e comercializados clandestinamente. Também medicamentos tarja preta, em grande quantidade, foram encontrados no apartamento de Manuella, na rua São Paulo, no centro de Erechim.

Na empresa em Barão de Cotegipe a polícia encontrou uma  máquina para gravar código de barras e descobriu que o três utilizavamacetona para apagar registros em embalagens, tais como "venda proibida para ao comércio", entre outros. A máquina imprimia as etiquetas de códigos que eram coladas sobre os avisos de “venda proibida” ou “medicamento fornecido mediante receita médica”, entrando de forma invisível no controle das farmácias, podendo assim ser vendidos sem receita.
Em entrevista na Uirapuru, o delegado Gustavo Ceccon explicou que a polícia vai apurar  agora quais as farmácias que compravam medicamentos controlados. A adulteração nas embalagens era feita também para inibir tarifas tributárias e de venda restrita a hospitais, aumentando assim os lucros que poderiam chegar a 300%. Este lucro era possível já que remédios com venda exclusiva para hospitais são mais baratos do que os de comércio para farmácias. O delegado falou ainda que as investigações estão no início, sendo que não está descartada a participação de algum orgão público no repasse dos medicamentos.
Ainda conforme o delegado, os envolvidos não teriam relação com fraudes  anteriores de medicamentos em Barão do Cotegipe ou fraudes em outros Estados, mas já agiram da mesma forma em outras cidades gaúchas. Quando o esquema chegava ao fim eles mudavam de cidade, sem serem pegos.

O empresário Diego Fossati comandava as duas empresas distribuidoras de medicamento. Ele foi proprietário de muitas outras, mas todas foram a falência por descontrole e ostentação de riqueza, apurou a polícia.

Fonte: Rádio Uirapuru

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