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policia - Operação Origami: investigação iniciou a partir de furto de rebanho em Garruchos
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Publicado em 27/07/2016

Em coletiva, delegados deram detalhes da ação, que prende 11 pessoas

O combate ao abigeato, um dos crimes mais praticados na região das Missões, continua. Pouco mais de um após a operação Pedregulho, que desarticulou quadrilha da Serra que atuava nas Missões, agora a Polícia Civil descobriu esquema com a Fronteira Oeste. Na manhã de hoje (27), 11 pessoas foram presas em cinco cidades na Operação Origami

 

Detalhes da ação foram informados em coletiva de imprensa com a delegada Tânea Bratz, que comandou as investigações e com o chefe da Polícia Civil gaúcha, delegado Emerson Wendt. 

 

Segundo Emerson, o enfrentamento ao abigeato é constante. "Realizamos força tarefa em várias regiões, mas aqui, por ter muito gado, o esforço é maior", explica. "Percebemos nos últimos anos que o crime de abigeato é sem fronteiras, com ligações entre várias cidades e regiões", destacou o chefe. No dia 15 de julho, a operação Abate prendeu quadrilha que atuava na região de Cerro Largo. 

 

Na operação, foram presos de forma preventiva 11 pessoas: quatro em Jaguari, duas em São Nicolau, duas em Pirapó, um indivíduo em Quaraí e dois em Garruchos. Também foram apreendidas armas, munição, documentos e carnes.

 

Tudo começou em Garruchos

 

Conforme Tânea, a investigação iniciou a partir do furto de 44 cabeças de gado no interior de Garruchos. Com apoio da Supervisão Regional de Agricultura, comandada por Alonso Duarte, o gado foi recuperado em São Nicolau e Pirapó.

 

A supervisão também forneceu informações sobre o rebanho, que existiam no papel, mas não estavam no campo. "A partir disso, bem como de denúncias anônimas, descobrimos o esquema e quem estava envolvido", explicou Tânea. O gado furtado era "esquentado" com notas legalizadas. "Quem faz isso pode achar que é pouca coisa, mas é um crime de falsidade ideológica muito grave", argumenta a delegada.

 

As investigações não vão parar

 

Tânea também destacou na entrevista que o trabalho de combate ao abigeato continua. "Vamos empenhar nossos esforços sempre para combater esse crime, que aqui é considerado normal devido à pecuária", cita.

 

Ações periódicas, como a fiscalização em estabelecimentos comerciais na região também fazem parte do trabalho de combate. A cada operação, os policiais apreendem toneladas de produtos de origem animal sem procedência.

 

Interlocução com a Secretaria de Agricultura

 

Wendt destacou na coletiva que está em estudo uma articulação com a Secretaria de Agricultura, para tornar a GTA - Guia de Trânsito Animal - obrigatória, mesmo em casos onde há a marca municipal.

Também foi apresentado ao delegado um aplicativo para celulares que possa ser utilizado com esse fim. "Vou levar para a nossa equipe técnica especializada para ver da possibilidade de aplicação", comentou.

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