O Ministério Público (MP) denunciou nesta segunda-feira (25) o subtenente da reserva da Polícia Militar de Santa Catarina Ronaldo dos Santos como executor da chacina de uma família no bairro Jardim Itú-Sabará, na zona norte de Porto Alegre, no início de junho.
O motivo para a execução foi a gravidez indesejada de uma das vítimas, Luciane Felipe Figueiró, 34 anos. Conforme a polícia, o militar ameaçava constantemente a mãe da criança por não aceitar a paternidade. Além dela e do recém-nascido, também foram mortos Lurdes Felipe Figueiró, 64 anos, Walmyr Felipe Figueiró, 30 anos, e outro filho de Luciane, João Felipe, 5 anos.
A Polícia Civil aponta o militar da reserva como mandante dos crimes e ainda investiga quem foi o autor dos disparos. Segundo o delegado Paulo Grillo, equipes da 4ª Delegacia de Homicídio seguem em Tubarão (SC) apurando informações. Neste mês, três pessoas da família das vítimas foram presas temporariamente e eram investigadas como as executoras do crime.
No entanto, a denúncia do Ministério Público aponta o pai como executor. Ele foi denunciado por cinco homicídios qualificados.
Gravidez indesejada
A motivação do crime foi uma gravidez indesejada de Luciane. Conforme a polícia, o militar ameaçava constantemente a mãe da criança por não aceitar a paternidade.
Durante a gestação, o homem insistiu para que Luciane realizasse aborto. Ele também tentou subornar funcionários da clínica que realizou o exame de DNA, em R$ 10 mil, para alterar o resultado.
A polícia acredita que os executores entraram na casa a convite das vítimas e armaram uma emboscada. A droga encontrada na casa também pode ter sido plantada pelos assassinos. O Departamento de Homicídios não confirma que os três presos estão diretamente ligados ao crime.
Fonte: Rádio Gaúcha