A Polícia Civil divulgou na manhã desta segunda-feira (22) as identidades dos suspeitos de participar do assalto com morte de pai e filho em uma relojoaria de Estância Velha no dia 10 de abril. São dois jovens, de 19 e 20 anos, moradores do Vale do Sinos.
A Justiça já decretou a prisão preventiva por latrocínio. Eles ainda não foram encontrados e são considerados foragidos.
As vítimas, Leomar Jacó Canova, de 55 anos, e Luis Fernando Canova, de 35, trabalhavam no estabelecimento.
Havia outras funcionárias no local no momento do crime, que não se feriram.
Suspeitos procurados Rafael Santos Domingues, 19 anos, da Vila Brás, em São Leopoldo
Davi dos Santos Mello, 20 anos, da Vila Palmeira, em Novo Hamburgo
"Os dois são coautores do crime e não se descarta da participação de um terceiro, como olheiro ou ajudante. Ainda não há prova nesse sentido. Tivemos testemunhas importantes.
O Davi foi reconhecido pela própria mãe, ao o ver no vídeo. Esse elemento nos ajudou e foi muito importante", destaca o delegado regional Eduardo Hartz. Segundo a polícia, os dois são amigos.
O mais velho já tem condenação por roubo e está em prisão domiciliar. O mais novo tem envolvimento com tráfico de drogas. Polícia divulga imagens de suspeitos de latrocínio em Estância Velha
A Polícia Civil recebeu mais de 100 informações e fotos de possíveis autores do fato durante a investigação. Disfarces Os dois apontados como autores do assalto pela polícia mudaram o visual antes de cometer o crime.
O delegado Marcio Nunes da Silva, que também investiga o caso, chamou atenção para a diferença da cor de uma das mãos de Rafael [imagem acima]. "Uma das denúncias informou que o Rafael havia pintado a mão para esconder uma tatuagem." O delegado diz que as fotos mostradas para a imprensa foram retiradas das redes sociais dos suspeitos.
As imagens foram apagadas dos perfis depois do crime. "Temos reconhecimento fotográfico de mais de uma testemunha e reconhecimento dos familiares", reitera. Foi levantada ainda uma suspeita de que os dois estariam com nariz falso no dia do assalto. "Estamos aguardando laudo nesse sentido", pontua o delegado Nunes. "Nós temos um depoimento de que ambos os indivíduos foram juntos a uma barbaria na Vila Brás e fizeram uma pigmentação da barba", acrescenta. "Eles foram até a barbaria três dias antes do crime", completa o delegado Hartz.
Carros e armas A polícia apreendeu dois veículos que teriam sido usados no assalto, mas ainda não confirma oficialmente a relação. Eles passam por perícia. São um Honda Fit e um Ford Focus. "O celular deixado no Focus está sendo periciado pelo setor de investigação", diz Hartz. "Há uma conexão de horários, mas não há nenhum elemento que ligue o Focus com o Honda Fit.
Nós sabemos quem estava de titular do celular apreendido, mas isso não quer dizer que é suspeito do roubo praticado em Estância Velha. Não há elementos que liguem esse carro ao fato de estância velha", acrescenta.
Ainda de acordo com a polícia, duas armas diferentes foram usadas pelos suspeitos, e ambas dispararam. Nenhuma foi encontrada ainda.
Os suspeitos fugiram com jóias da relojoaria. "De concreto, não temos a informação de que as jóias estejam sendo vendidas, apenas há a possibilidade de que elas estejam sendo vendidas e financiem a fuga", diz o delegado Hartz.
A chefe de Polícia Civil, Nadine Anflor, destacou na coletiva a integração de delegados do Vale do Sinos na investigação. "Necessidade de criar forças tarefas entre os municípios, uma união de esforços.
Esse é o exemplo que fica para os outros municípios. Essa investigação nos traz outra forma de solucionar crimes.
A regional do Vale do Sinos demonstra nessa investigação como é importante essa integração", pontua.
A polícia tomou a iniciativa de divulgar as imagens dos suspeitos para que denúncias ajudem na localização deles