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Frigoríficos mantém estratégia de pressionar cotações e aos poucos conseguem reduzir preços da arroba. Mas mercado é disputado
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Publicado em 13/07/2016

O recuo nas margens de comercialização das indústrias frigoríficas já começa a trazer efeitos ao mercado do boi gordo. Usando a estratégia de reduzir as comprar e aplicando uma ociosidade maior - para enxugar os estoques - os frigoríficos conseguem aos poucos baixar os preços em algumas praças.

Muito embora o viés do mercado nestas últimas semanas seja de baixa, os negócios em menor maior não se concretizam com facilidade. Conforme explica o consultor da Scot Consultoria, Alex Santos Lopes, de um lado a ponta compradora oferta valores abaixo da referência, mas do outro os pecuaristas resistem em entregar seus animais.

Assim, a situação de consumo tem superado a baixa disponibilidade de animais neste ano. Segundo Lopes a margem de comercialização das indústrias que fazem carcaça está em 2,5%, enquanto que a média histórica é próxima de 15%.

"Se esses números não melhorarem teremos uma grande limitação até o final do ano para pagamentos maiores e, termos um cenário de alta constituído como normalmente ocorre neste período", alerta o consultor.

Mesmo com a perspectiva de oferta limitada até mesmo no período de confinamento, Lopes considera que a demanda deverá balizar o mercado no segundo semestre.

Lopes lembra também que com a queda do dólar as indústrias também vêm perdendo margem com as operações externas. "Quanto mais analisamos os fundamentos, percebemos que nenhum deles indica um mercado definido para esse ano, por isso a regra para 2016 é: deu margem realize", afirma o consultor.

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