Pouco mais de um ano após o aparecimento dos primeiros casos de Mormo no Rio Grande do Sul, o Governo do Estado realizou algumas alterações. Segundo o chefe da 17° Supervisão Regional de Agricultura, Alonso Duarte, é importante que os produtores fiquem atentos às mudanças.
O exame, que antes tinha validade de 60 dias, agora vale 180 dias. Para Alonso, isso não significa que a questão é tratada de forma leviana, pelo contrário. "Exige ainda mais obrigação dos criadores", explica. A alteração foi um pedido dos próprios criadores, que achavam que o tempo de validação era muito curto. "Até usavam isso como desculpa", comenta Alonso.
Em relação à região, ele destaca que sempre houve preocupação e apoio dos cavalarianos. "Todos entenderam a importância dos casos de Mormo e das medidas obrigatórias", afirma.
Testes de maleína não valem mais
Se por um lado, a mudança no Rio Grande do Sul beneficia os proprietários dos cavalos, uma medida do Governo Federal pode trazer problemas. Segundo Alonso, o novo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, determinou que o exame padrão para detectar a doença só será feito no laboratório do governo.
O local será o único no Brasil, ou seja, vai analisar todos os casos do país. "Sabemos que a demanda é muito grande, vai demorar muito mais para a confirmação da doença", critica o chefe.
Alonso avalia que o teste da maleína é seguro e mais rápido, por isso deveria ser o método usado para detectar a doença. "Mas temos que acatar", justifica.
Região teve sete casos
Até agora, o Rio Grande do Sul possui 68 casos positivos. Destes, um caso foi em São Luiz Gonzaga e cinco em Santo Antônio das Missões. Todos os animais foram sacrificados. Existe ainda um caso na região, em Entre Ijuís, porém devido à liminar da justiça, o cavalo não foi sacrificado. Mais de 200 mil animais já foram testados.