Servidores do Detran-RS começam greve a partir de segunda-feira. A decisão foi tomada em assembleia na tarde desta sexta-feira, em Porto Alegre. Dos 400 presentes, apenas seis foram contrários à paralisação e se abstiveram de votar. O movimento deve prejudicar a realização, por dia, de cerca de 1 mil exames teóricos e 2 mil exames práticos de direção necessários para a retirada da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), em todo o Estado. A greve deve
afetar ainda a fiscalização da Balada Segura (em torno de 150 abordagens ao dia) e a emissão das CNHs e dos registros de veículos, além de todas as atividades relativas aos entes credenciados.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores do Detran/RS (Sindet) Maximilian da Rocha Gomes, a categoria tem diversos motivos para lutar por melhores condições de trabalho e por uma prestação de serviço de qualidade. “Infelizmente, o cidadão é que acaba sendo atingido pela negligência do Estado”, diz. Na segunda-feira, os servidores farão uma concentração, a partir das 8h, em frente à Secretaria Estadual da Segurança Pública. Às 11h, lideranças do Sindet e a direção do Detran irão participar de uma audiência, no Ministério Público do Trabalho, sobre as condições precárias de trabalho no órgão.
Entre as demandas dos servidores, estão a reposição das perdas salariais de 26,75%, referentes ao período de julho de 2012 a maio de 2016; a efetivação imediata das promoções e progressões, contemplando os pagamentos retroativos, e a implementação de auxílio-refeição de R$ 19,09, por dia, sem coparticipação, para todos os servidores. A pauta de reivindicação exige ainda projetos de reestruturação do Detran e uma sede própria para a autarquia, já que o aluguel do prédio é um dos mais caros pagos pelo governo. O Detran ainda não se manifestou sobre o anúncio da greve.