O diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior (Deinter 3), João Osinski Junior, disse na tarde desta terça-feira (5) que mil tiros de fuzil foram disparados pela quadrilha envolvida no mega-assalto a Prosegur em Ribeirão Preto (SP). Segundo Osinski Junior, o crime foi extremamente planejado e os assaltantes demonstraram sofisticação. O tiroteio durou cerca de 40 minutos e ninguém foi preso. "Dispararam mais de mil tiros de fuzil contra os policiais, impedindo qualquer tipo de aproximação", afirma.
A quantia levada pelo grupo, formado por pelo menos 20 homens, não foi informada pela polícia, mas o diretor estima que milhões de reais tenham sido roubados. Nesta terça-feira, a empresa faria o abastecimento de agências do Banco do Brasil e do Itaú em Ribeirão Preto.
Em nota, a Prosegur informou que está à disposição das autoridades e que colabora para o andamento das investigações.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que as polícias realizam buscas por toda a região de Ribeirão Preto e que o policiamento nas divisas com o Estado de São Paulo foi alertado sobre os suspeitos. Ainda segundo a secretaria, pelo menos dois veículos deixados pelos assaltantes foram encontrados.
Policial recolhe cápsulas de armamento usado por assaltantes em Ribeirão Preto (Foto: Reprodução/EPTV)
Ataque planejado
O assalto ocorreu por volta das 4h30 desta terça-feira no prédio da Prosegur, que fica na Avenida Saudade, zona norte da cidade. Segundo o tenente da PM Tiago Pedroso, viaturas da PM faziam patrulhamento pela região quando se depararam com um comboio formado por 15 carros e um caminhão.
“Essa viatura foi alvejada, os policiais revidaram. Os indivíduos pararam em frente a Prosegur e tentaram explodir. As outras viaturas foram acionadas e fizeram um cerco conforme plano de ação”, disse.
A quadrilha bloqueou as ruas de acesso à avenida usando veículos e espalhou pregos pelas vias para dificultar a aproximação da polícia. Em seguida, atirou contra o transformador de um poste, deixando 2,2 mil imóveis e as ruas do bairro Campos Elíseos no escuro. Moradores de diferentes bairros e vizinhos ao local filmaram a ação.
De acordo com o tenente, o grupo estava fortemente armado e tinha desde pistolas a fuzis 556, 762, ponto 50, uma munição capaz de derrubar aviões.
Transformador foi danificado por tiros disparados pelos assaltantes em Ribeirão (Foto: Reprodução/EPTV)
Segundo o diretor do Deinter, a quadrilha usou dinamite para explodir o prédio e acessar o cofre. “Tiveram a tranquilidade para estourar as paredes, cortar as grades de acesso ao cofre e tirar todo dinheiro que lá se encontrava.”