Uma comitiva de lideranças políticas de cidades da região das Missões e Vale do Jaguari, estiveram em Porto Alegre nesta quarta-feira (20), para pressionar o Governo do Estado a recuperar as estradas estaduais.
“Para nossa surpresa fomos muito mal recebidos”, assim definiu o prefeito de Santiago, Tiago Gorski Lacerda. Audiência foi com Secretário de Transportes, Juvir Costella. O prefeito salienta que o governo, de forma clara e objetiva não tem nenhuma expectativa sobre a manutenção das rodovias esburacadas. Afirmou que até o final de março o governo tem apenas a intenção de promover um diagnóstico das estradas, para posteriormente determinar o que pode ser feito.
O ponto positivo foi a sinceridade do Estado em afirmar que, em curto prazo não deverá ocorrer a manutenção das rodovias e o negativo é o agravamento cada vez mais da situação.
Além disso, a região vive a situação de limitação de carga, até 24 toneladas, na ponte sobre o rio Piratini, na RS 168, entre Bossoroca e São Luiz Gonzaga. O ato emergencial foi tomado devido às precárias condições observadas nas cabeceiras da ponte. Nas cabeceiras, foram colocadas placas de sinalização alertando os motoristas. Segundo o Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), a limitação de carga é para preservar a segurança dos motoristas até que haja um reforço na estrutura, obra que necessita de projeto específico e ainda não tem prazo para ser executada.
O prefeito de Bossoroca José Moacir F. Dutra, que também integrou a comitiva de lideranças politicas até a secretaria de transportes, enfatisou o mesmo que Tiago, que estado não possui dinheiro para investir.
Além da aproximação da safra, motoristas de ambulância, de ônibus e demais veículos sofrem com a condição precária de determinados trechos esburacados, tornando a viagem insegura e perigosa, especialmente à noite e em dias de chuva ou neblina.
Ainda conforme Tiago, não está descartada manifestação de todos os municípios da região com intuito de usar do poder das comunidades e das forças das lideranças, no sentido de sensibilizar o governo do estado, para pelo menos um tapa buracos emergencial. Enfatizou que a região não poderá “passar mais uma safra e o inverno” com as estradas nestas condições, sem mencionar os prejuízos que isto tem causado ao poder público e a própria iniciativa privada.
Enquanto isso fica tudo na mesma. E quem pagará a conta se algo de pior acontecer?