Offline
Homem é confundido com ladrão e morto por vigia em banco de Pirabeiraba
28/06/2016 10:38 em Novidades

Um homem foi morto a tiros após ser confundido com um assaltante na entrada de uma agência de cooperativa de crédito na tarde desta segunda-feira, em Pirabeiraba, na zona Norte de Joinville. O vigilante Felipe Gonçalves Leal acreditou que sofreria um assalto pela quarta vez e efetuou três disparos contra o instrutor de trânsito Edson Luiz Gadotti, 35 anos.

Segundo o tenente Ricardo Bonnassis, da Polícia Militar, Edson queria trocar um cheque, mas a agência já havia fechado quando chegou ao local. O vigilante teria alertado a vítima, mas os dois se desentenderam. De acordo com a PM, houve uma discussão verbal e Felipe disparou contra o instrutor de trânsito, que morreu na hora. A polícia informou que não foi encontrada nenhuma arma com a vítima.

Natural de São João de Itaperiú, o instrutor morava no bairro Costa e Silva, mas era funcionário de uma autoescola no distrito de Pirabeiraba. De acordo com Dilma Guztzaki, que trabalhava com a vítima, Edson havia acertado a rescisão com a empresa na tarde desta segunda-feira. Ela e outros colegas foram até o local e lamentaram a perda do amigo.

— Ele era muito tranquilo, trabalhador, alegre e os alunos gostavam muito dele — conta Dilma.

O vigilante trabalhava há cerca de seis meses na agência e era conhecido pelo barbeiro Augusto Custódio, que tem um comércio há 35 anos ao lado da cooperativa. De acordo com o comerciante, a cooperativa já sofreu diversos assaltos e o clima de insegurança aumentou nos últimos meses na região.

— Foi um trabalhador tirando a vida de outro trabalhador. Nada justifica o crime, mas isso tudo é o medo e a insegurança — diz.

A agência foi isolada até a chegada do Instituto Geral de Perícias (IGP) e do Instituto Médico Legal (IML). Felipe foi preso em flagrante por homicídio doloso e conduzido até a delegacia, onde afirmou que apenas vai se pronunciar em juízo. A Polícia Civil vai encaminhá-lo nesta terça-feira à Justiça, que realizará a audiência de custódia para definir o futuro do segurança.


Fonte: Diário Catarinense

COMENTÁRIOS