Foram apresentados, na manhã desta quarta-feira (12), 140 profissionais que se inscreveram no programa Mais Médicos no Rio Grande do Sul. Eles vão preencher vagas em Porto Alegre e mais 33 cidades do interior do estado. Com a saída dos médicos cubanos, o Rio Grande do Sul abriu 630 vagas, destas 490 ainda não foram ocupadas. "O que houve é um desarranjo da situação que está aí.

Os médicos não querendo aderir, uns acharam que era um vazio assistencial muito grande, longe da Capital, era isso que nós já anunciámos. Essa preocupação de os médicos não querem ir para o interior, e se concretiza isso", conta o presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do RS (COSEMS/RS), Diego Espíndola.

Alguns dos médicos já começaram a trabalhar e nesta quarta participaram de um acolhimento, ouvindo orientações básicas dos coordenadores do programa no Rio Grande do Sul. "O médico que atende atenção primária é o médico que atende doenças muito comuns, prevalentes. Não importa em que lugar do estado, do país eles estejam, eles vão atender 85% daquilo que é muito comum na população, doenças agudas, gripe, pneumonia, infecção urinária e os problemas mais frequentes, pré-natal, puericultura, crônicos, sofrimento psíquico", explicou a tutora do Mais Médicos Claudiara Mendonça.

A médica Eva Kaplan, que morava em Erechim, na Região Norte, vai trabalhar em Severiano de Almeida, cidade de 4 mil habitantes, a 30 quilômetros, na divisa com Santa Catarina. "Trabalho com Saúde da Família há mais que 20 anos. Sou médica estrangeira, 25 anos atrás revalidei meu diploma e sempre me dediquei em saúde da família. Tenho ampla experiência no ramo e sempre gostei de trabalhar nessa área".