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Cpers reconhece avanço nas tratativas com o governo, mas mantém greve
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Publicado em 18/06/2016

A presidente do Cpers sindicato, Helenir Schurer, reconheceu o primeiro avanço na proposta do Governo do Estado para os professores, após reunião nesta sexta-feira. A categoria viu como positivo o governo acenar com a manutenção de benefícios adicionais para profissionais que trabalham em locais de difícil acesso, mas definiu que seguirá em greve e deve realizar uma reunião do comando de greve para avaliar o movimento na segunda-feira.

"Podemos dizer sem sombra de dúvida que, hoje, estabeleceu-se o diálogo com o governo do estado", afirmou Helenir em entrevista no programa Esfera Pública da Rádio Guaíba. "Tivemos atendida na pauta a revogação da portaria que faria o reenquadramento do difícil acesso. É inadmissível que, sem apresentar proposta de reajuste, ainda ser retirado dinheiro do contra-cheque do trabalhador da educação", avaliou a presidente do Cpers.

O secretário da Educação, Luis Alcoba, agradeceu a compreensão da categoria ao desocupar o Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), apesar de manter as críticas pelo bloqueio ao acesso do prédio público. "Retomamos a negociação. Apresentamos propostas concretas e iniciamos novamente. Temos procurado dizer à sociedade gaúcha que fazemos propostas que temos condições de atender, não podemos mentir para o magistério", enfatizou.

Ele reforçou, contudo, que no momento não há possibilidade de uma oferta pelo Piratini de reajuster de piso e salários. Helenir cobrou um "esforço" do governo para fazer sua parte nas tratativas. "Não estamos dizendo que precisa nos dar os 69.44 hoje, mas mostrar um cronograma para recuperar nosso salário, a forma, o índice e quanto será", apontou.

Alcoba se comprometeu com debates internos, mas reforçou a posição de que não é possível um aumento. "Nosso problema é que nós temos dívida, mas vamos conversar no seio do governo essa possibilidade", definiu. "Procuramos ser francos, abertos e transparentes para ver o que dá para fazer. Temos que vislumbrar um índice, projetos de pagamento para quando enxergarmos melhora no cenário financeiro, com dívida e atividade econômica de forma a alcançar algum tipo de reajuste a uma categoria grande como a do magistério", explicou. "Temos a consciência da necessidade da recomposição, mas sem nos comprometer com algo sem condições de cumprir."

O grupo de professores  desocupou às 9h30min desta sexta-feira um dos prédios do Caff. A saída foi anunciada em entrevista coletiva concedida pelas lideranças do movimento. A retirada obedeceu a nova decisão judicial da juíza de Direito Andréia Terre do Amaral, emitida ainda nessa quinta-feira.

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