Terminou nesta sexta-feira (28) o período de preparação e auditoria das urnas eletrônicas no Rio Grande do Sul para o pleito deste ano. O processo é determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com objetivo de dar mais transparência ao processo e reforçar a confiança dos eleitores no voto eletrônico, que já ocorre há mais de 20 anos no país.
A fase de carregamento das urnas e checagem, que durou uma semana em Porto Alegre, é aberta a qualquer cidadão, instituição ou partido interessado em acompanhar. Os aparelhos são carregados com o software e os demais dados necessários para o funcionamento durante as eleições, e depois é escolhida, aleatoriamente, uma urna de cada Zona Eleitoral, para ser auditada.
Em Porto Alegre, o processo é feito por servidores da Secretaria de Tecnologia da Informação (STI). No interior, funcionários dos cartórios eleitorais e técnicos contratados executam a tarefa. A partir de agora, as urnas ficam lacradas até 7 de outubro, dia da votação. Antes da abertura do pleito, os equipamentos são checados novamente para verificar se todos estão lacrados e se não há votos computados.
O estado tem 27,2 mil urnas distribuídas em seções eleitorais. Contando as que servem de reserva, caso precise substituir alguma que apresente problema, o número chega a 30 mil. O desembargador Jorge Luís Dall'Agnol, presidente do TRE-RS, diz garantir a segurança da urna eletrônica. "Eu trabalhei como juiz no tempo da urna de lona. Naquela época, as urnas eram muito mais vulneráveis que a urna eletrônica, poderia ser subtraído um voto, ser lançado um voto sem que se tenha visto", defende Dall’Agnol.
Além disso, o presidente do TRE-RS lembra que a urna eletrônica contribui para uma divulgação mais rápida do resultado. Ele estima que no pleito deste ano o resultado das eleições saia até as 21h30 do dia 7 de outubro. "Antes levava dois, três dias", lembra. O software usado nas eleições é desenvolvido pela própria Justiça Eleitoral.
De acordo com Dall’Agnol, neste ano, o TSE criou uma chave de segurança que recusa a entrada de sistemas que não sejam do TSE ou que tenham sido alterados. "É impossível hackear as urnas porque ela não é ligada à internet", completa.
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