As startups, pequenas empresas caracterizadas pela inovação e, geralmente, de base tecnológica, na maioria das vezes surgem para resolver um problema, seja no setor da saúde, educação, segurança ou mobilidade urbana. Mas foi na agricultura que dois jovens gaúchos encontraram uma dificuldade e a transformaram em oportunidade para empreender.
Alexandre Oliveira de Barcelos e Cristiano Eder Goelzer, ambos consultores na área de TI, criaram a GBTIC, a mais recente empresa incubada pela Incubadora Tecnológica Setrem.
O propósito dela é desenvolver soluções de tecnologia para o agronegócio e o produtor rural. Além disso, ela também presta serviços de banco de dados, redes e sistemas integrados de gestão empresarial.
A ideia do negócio surgiu da oportunidade que ambos enxergaram no meio rural, a partir de palestras promovidas na Setrem sobre tecnologia no agronegócio. “Isso nos incentivou muito. Eu já buscava uma solução para o agronegócio fazia algum tempo. Foi então que, ao lado do Alexandre, decidimos unir nossos conhecimentos e pensar uma ferramenta de gestão para o produtor”, explica Goelzer, filho de agricultores do interior de Horizontina, que somou seu conhecimento no campo com a experiência na área de Tecnologia da Informação que Barcelos trouxe da Capital gaúcha, onde nasceu. “Conversamos com produtores de vários municípios da região Noroeste do Rio Grande do Sul e percebemos a falta de controle com o dinheiro que circulava nas suas propriedades”, relata Barcelos.
A dupla então pretende desenvolver um aplicativo que vai auxiliar na gestão das propriedades rurais como um todo, ou seja, desde controlar a área e os processos de produção até os investimentos financeiros. “O plano inicial é começar com o gerenciamento de lavouras, mas pode se estender para outras atividades, como um tambo de leite”, acrescenta.
A primeira versão do aplicativo está programada para ser lançada em 2019. Neste período, a Incubadora da Setrem vai oferecer todo o suporte necessário para o projeto sair do papel. “Aqui na Incubadora, o diferencial é o apoio e a assessoria que a Setrem nos oferece, pois nos auxilia na formatação do modelo de negócio, com treinamentos nas áreas de administração e marketing. Além disso estamos próximo do público acadêmico, principalmente do curso de Agronomia, que é um foco do nosso produto”, afirma Goelzer.
Comprometida com a inovação A Incubadora Tecnológica Setrem abriga empresas cujos produtos, processos ou serviços sejam resultado de pesquisa, para os quais a tecnologia e a inovação representem alto valor agregado, bem como negócios inovadores que promovam ou facilitem a utilização de tecnologia e conhecimento aplicados ao desenvolvimento econômico e social. “Nossa proposta de trabalho está comprometida com a inovação. As atividades buscam estimular o empreendedorismo, qualificar projetos que tenham efetivo potencial de negócios voltados ao desenvolvimento de ideias, produtos, processos e serviços, e realizar um plano de negócios e a capacitação dos empreendedores”, explica a coordenadora da Incubadora, Franzéli Kaspary.
As áreas de atuação da Incubadora são voltadas ao agronegócio, design, educação, gestão, psicologia, saúde e tecnologia da informação. Para participar como empresa incubada, os empreendedores passam por um processo de seleção, conforme descrito em edital, disponível no site setrem.com.br/incubadora. No site também estão disponíveis todas as informações sobre o funcionamento da Incubadora, infraestrutura e serviços oferecidos, além do Programa Decolar, um conjunto de atividades que preparam os projetos de empreendimentos para a incubação. FOTO: EDUARDO ERTHAL
