Em reunião nesta segunda-feira (21) os 12 sindicatos integrantes da Federação dos Caminhoneiros Autônomos (Fecam-RS) decidiram aderir à greve nacional proposta pela categoria. Mesmo antes da oficialização, alguns motoristas e proprietários de caminhões se anteciparam e realizaram bloqueios momentâneos em estradas gaúchas nesta manhã, assim como ocorreu em outros 15 Estados.
Por meio de nota assinada pelo presidente da Fecam-RS, André Luis Costa, a entidade lançou a campanha "Caminhoneiro, cruze os braços!", para pressionar o governo a mudar a política de preços do combustível e suspender a cobrança de pedágio do eixo suspenso do caminhão quando vazios.
— Não é mais possível transportar nesse custo — afirmou Costa.
O presidente da entidade assegura que a Fecam não apoia bloqueio de rodovias e depredações, já registrados em outras greves da categoria no passado. O sindicato sugere que os caminhoneiros apenas cruzem os braços, ficando em casa, sem rodar pelas estradas.
Uma paralisação no transporte poderia afetar, entre outros setores, a indústria de soja, cuja colheita no Brasil terminou recentemente. Isso em um momento em que o mercado internacional conta com o produto do país, o maior exportador global.
Segundo o dirigente, a Fecam acata a decisão da categoria, mas não lidera a mobilização. Quem deve debater as reivindicações da categoria junto ao governo federal é a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam). A entidade reúne cerca de 600 mil caminhoneiros autônomos, de um total de cerca de 1 milhão de motoristas no Brasil.
Fonte: Zero Hora
Veja a nota divulgada pela Fecam-RS: