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Sete suspeitos de ritual satânico com morte de crianças no RS têm prisão preventiva decretada
Publicado em 08/01/2018 10:51
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Sete suspeitos de participação em um ritual satânico que terminou com a morte de duas crianças em Novo Hamburgo, conforme aponta a Polícia Civil, estão com prisão preventiva decretada. Quatro já estão presos, incluindo o líder de um templo, e outros três são considerados foragidos. A investigação começou após duas crianças terem sido encontradas mortas em um bairro da cidade do Vale do Sinos, em setembro do ano passado. Um dos foragidos é argentino.

De acordo com o delegado Moacir Fermino, ele tem amigos no Rio Grande do Sul e teria raptado as crianças - que seriam irmãs - no país vizinho em troca de um caminhão roubado. "Bancos de dados argentinos estão sendo checados para ver se os DNAs das crianças são encontrados. Ofícios já foram enviados a autoridades do país vizinho. Também será verificado se o argentino tem parentesco com os irmãos", completa o delegado. "Devem ter outras [vítimas de ritual satânico]. Estamos investigando. Isso rende muito dinheiro para eles", acrescenta Fermino.

O delegado já havia informado que o ritual custou R$ 25 mil, e foi encomendado por sócios que queriam "prosperidade no desenvolvimento em negócios imobiliários e na compra e venda de carros." Presos Silvio Fernandes Rodrigues, bruxo que fez o ritual; Jair da Silva, sócio que encomendou o ritual; Andrei Jorge da Silva, um dos filhos de Jair; Márcio Miranda Brustolin, o sétimo integrante do ritual. Conforme o delegado, são necessárias sete pessoas. Foragidos Jorge Adrian Alves, argentino que fez a troca do caminhão roubado pelas crianças no país vizinho; Anderson da Silva, outro filho do sócio que encomendou o ritual; Paulo Ademir Norbert da Silva, outro sócio do ramo imobiliário. "O bruxo e os outros presos dizem que não se conhecem, mas temos provas contundentes tanto no papel quanto de testemunhas, de que se conheciam, e também do ritual, com todos ajoelhados.

O bruxo falava uma língua estranha, nós acreditamos que seja aramaico", diz o delegado. Fermino cogita a inclusão de uma das testemunhas do caso na lista de pessoas protegidas, em razão de ameaças que passou a sofrer. "Está correndo risco de vida", afirma. Sobre o ritual Conforme a investigação, o ritual para conseguir a prosperidade no ramo imobiliário, encomendado pelos sócios, envolve sacrifício. "Tudo leva a crer que no templo foi comida carne e tomado sangue", conta Fermino. "Um horrendo, cruel e bárbaro crime."Quando a polícia fez a operação, incluindo a ida ao templo, que fica em uma cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre, foi encontrada uma capa e uma máscara que eram usados nos rituais. O material estava dentro de um cofre.

As apreensões e primeiras prisões ocorreram no fim de dezembro. No menino, ainda conforme o delegado, "há comprovação de dosagem altíssima de álcool". A menina tinha marcas de perfuração de faca.

O delegado informou que foi feito um ofício à Polícia Federal para solicitar auxílio na identificação das crianças desaparecidas na Argentina. "Para identificar as partes dos corpos encontradas", diz Fermino. Depois dos corpos esquartejados terem sido encontrados, em 4 de setembro, outros membros foram localizados pela polícia no dia 18. "O deus deles, ou demônio Moloch, é especializado em sacrifício de crianças. Ele está com uma criança na mão", descreve o delegado.

A Polícia Civil aguarda as informações das autoridades da Argentina para esclarecer o caso por completo. Os crânios das crianças ainda não foram encontrados.

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