A receita cambial das exportações de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) do Brasil acumulou alta de 5,7% em 2017 na comparação com o ano anterior, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Foram obtidos US$ 7,236 bilhões, ante US$ 6,848 bilhões em 2016.

 Os embarques totalizaram 4,32 milhões de toneladas, o que indica redução de 1,4% em volume na comparação com o ano anterior, quando o setor exportou 4,38 milhões.

 No último mês de 2017, a exportação de carne de frango chegou a 321,5 mil toneladas, 11,2% inferior ao obtido em igual período de 2016, quando chegou a 362,1 mil toneladas. Em receita, houve redução de 8,6%: os valores chegaram a US$ 523,8 milhões no mês passado, enquanto em dezembro de 2016 somaram US$ 573 milhões.

 – Os resultados estão conforme a previsão da ABPA para o ano, com melhor desempenho em receita, mesmo com uma leve queda nos volumes embarcados. O mercado internacional segue pressionado, favorecendo os preços dos produtos. O fato de nunca ter registrado "influenza aviária" em seu território, de manter boas relações diplomáticas com os mercados internacionais e de ter, novamente, comprovado ao mundo a qualidade de seus produtos foram primordiais para o desempenho do setor no ano – analisa Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.

 Carne suína in natura – A receita dos embarques de carne suína in natura totalizou US$ 1,465 bilhão em 2017, o que supera em 8,6% o desempenho registrado no ano anterior, de US$ 1,349 bilhão. Em volume, houve retração de 5,7%, com 592,6 mil toneladas ante 628,3 mil toneladas em 2016.

 Os embarques de dezembro totalizaram 43,9 mil toneladas, volume 2% acima do alcançado no mesmo período de 2016, de 43 mil toneladas. O saldo também foi positivo em receita, com US$ 101,9 milhões, 4,3% superior aos US$ 97,6 milhões registrados no último mês de 2016.

– Os resultados das exportações de carne suína in natura em dezembro foram favorecidos pelos bons níveis de embarques para Hong Kong, China, Argentina, Chile, Albânia e Geórgia, diminuindo o efeito das retrações em volumes registradas em determinados períodos do ano e melhorando ainda mais o saldo cambial das vendas – afirma Ricardo Santin, vice-presidente de mercados da ABPA.