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Refém morto em ataque a bancos havia saído de cidade vizinha para fazer transação
Publicado em 08/12/2017 11:02
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Uma quadrilha assaltou dois bancos e matou um refém no início da tarde desta quinta-feira (07-12) em Arvorezinha, no Vale do Taquari, interior do Rio Grande do Sul. O refém foi identificado como Gelson Caproski, de 33 anos.

Conforme a Polícia Civil, os criminosos chegaram armados com fuzis, e cercaram uma agência que fica no Centro da cidade. Na saída, eles pegaram clientes do banco, empresas e pessoas que passavam pela rua e formaram um cordão humano. As agências bancárias roubadas foram o Banco do Brasil e Caixa.

Depois de confronto com a polícia, os bandidos fugiram e incendiaram um dos veículos. Durante a fuga Gelson Caproski, que trabalhava como soldador em uma metalúrgica de Arvorezinha, foi usado como escudo humano, colocado no capô do Cobalt usado na fuga.

Na troca de tiros entre a Polícia e os assaltantes Caproski acabou atingido e não resistiu, falecendo no local, às margens da via.

Segundo informações da polícia, um dos assaltantes também foi ferido no peito por uma bala.

Mesmo assim, os assaltantes fugiram incendiando o Cobalt e deixando maços de miguelitos para trás.

A polícia segue procurando os assaltantes que fugiram em direção a Guaporé.

"Ele era a melhor pessoa do mundo". É dessa maneira sucinta que Daniel Coproski, 24 anos, descreve o único irmão, Gelson Coproski, 33 anos, morto durante a fuga de bandidos que assaltaram duas agências bancárias em Arvorezinha, no Vale do Taquari, na tarde desta quinta-feira (7). Conforme o relato de Daniel, Gelson era morador de Itapuca e foi até o Banco do Brasil do município vizinho para realizar uma transação bancária, mas acabou sendo um dos reféns da ação criminosa, que também teve como alvo uma unidade da Caixa Econômica Federal.

— Ele era a melhor pessoa do mundo. Não tinha defeito nenhum. Não bebia, não fumava, não jogava. Só trabalhava — disse Daniel emocionado.

Gelson era agricultor e plantava fumo na localidade de Linha Araponga, interior de Itapuca. Ele deixa uma filha de 12 anos e esposa. O trabalhador rural era uma pessoa extrovertida e companheira, segundo Daniel, que também é plantador de fumo e ajudava o único irmão na lida no campo:

— Era todo dia, ele na minha casa ou eu na casa dele, tomando chimarrão, jogando baralho, dando risada. Nós saíamos para jogar bola. Estávamos sempre juntos. Trabalhando juntos. Nós trocávamos dias para trabalhar. Sempre nos demos muito bem — recordou Daniel.

O agricultor disse que o corpo do irmão vai ser velado e enterrado em Itapuca. No entanto, a família ainda não sabe a data e o horário, pois o corpo ainda não foi liberado pelas autoridades. Daniel disse que agora vai dar apoio a seus familiares, principalmente, para sua mãe e sobrinha, que perdeu o pai aos 12 anos:

— Vamos ter que ajudar e apoiar ela agora, né. Agora, é época de fumo, de colheita, e vamos ter que nos reunir para ajudar ela.

Daniel disse que o irmão tinha conta no Banco do Brasil e seguidamente visitava o município vizinho. Em Itapuca, a única agência bancária presente na cidade de pouco mais de dois mil habitantes é do Sicredi, segundo o agricultor. Daniel disse que viu Gelson pela última vez na quarta-feira (6), em um dos tradicionais e frequentes encontros entre ambos.

— Ele foi incrível para mim. Foi o melhor irmão que eu poderia ter na minha vida — pontuou o agricultor.

Fonte: Gaúcha ZH


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