Uma operação realizada na manhã desta quarta-feira (29) combate a venda ilegal de armas por grupos de Whatsapp e tráfico de drogas.
A ação é organizada pelo Departamento Estadual de Investigações contra o Narcotráfico (Denarc). Até o momento, seis pessoas foram presas e dezenas de armas foram apreendidas. São cumpridas 97 ordens judiciais – 41 mandados de prisão e 56 mandados de busca e apreensão em três estados:
Rio Grande do Sul, Pará e São Paulo. Em solo gaúcho, a operação foi desencadeada em 31 municípios.
A maioria dos suspeitos está na capital. Segundo o delegado Mario Souza, as investigações levaram 10 meses e utilizaram "modernas técnicas" para identificar os envolvidos.
Além dos negociantes, também estão sendo procurados possíveis compradores, alguns deles sem antecedentes criminais. "Pessoas que eram integrantes de quadrilhas e pessoas comuns ofertavam livremente drogas e armas nas redes sociais", salientou Souza. "As pessoas acham que podem se esconder na internet e vão ficar impunes.
Mas os crimes cometidos no meio virtual também serão combatidos."Em uma das conversas, um homem negocia uma arma e oferece até um desconto. Caso fosse comprada à vista, a arma custaria R$ 2 mil. Em outras formas de pagamento, R$ 2,5 mil. Em outra, um homem que se identifica como Ricardo negocia um revólver.
Ele escreveu "tão bem cuidado, original de fábrica" e manda até uma foto do revólver. No dia acertado para entregar a arma, ele foi preso em flagrante.
O negócio ilegal se popularizou tanto que começou a atrair pessoas sem qualquer envolvimento com o crime, sem antecedentes, que entravam nos grupos de conversa para adquirir armamento.
Mas revelavam medo de ir pra cadeia. "É puro brete [problema], só para o cara entrar numa cadeia." Nos últimos 20 dias, foram apreendidas 33 armas e 25 suspeitos foram presos.
A operação desta quarta-feira é a última etapa da investigação.

