“São muitas áreas, muitos rios, muitas barragens, e as pessoas estão se banhando em qualquer lugar devido às altas temperaturas do mês de janeiro. Fica inviável o Corpo de Bombeiros atender esses locais (...) Então, na medida do possível, nunca tomar banho sozinho, procurar não ir em locais muito fundos, e prestar muita atenção, porque o principal (perigo) são as armadilhas que acabam se depositando nos fundos de rios, barragens e açudes”, alerta o tenente coronel do Corpo de Bombeiros Cleber Valinodo Pereira.
Nos casos mais recentes, os corpos de Rodrigo da Silva Machado, de 27 anos, e Pablo Garcia Pereira, de 23 anos, foram encontrados na tarde de segunda-feira (23) após terem desaparecido no rio Caí, na tarde de domingo (22), em Caxias do Sul, na Serra gaúcha.
Entre a sexta-feira (20) e o domingo foram registrados afogamentos e rios, barragens e açudes de 10 cidades gaúchas. Em um dos casos, quatro pessoas da mesma família morreram em uma barragem de São Francisco de Paula, na Serra. Conforme o Corpo de Bombeiros, o local era impróprio para banhos.
“Existem placas informando que não é apropriado para banho ou para a travessia. Conforme aumenta a época de chuvas, aumenta o volume de água, então também não é permitida a travessia. É perigoso”, afirma o mergulhador do Corpo de Bombeiros Eron Pessoa.
E os semelhantes relatos trágicos se espalham em diferentes regiões do estado. Em São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, foram encontrados, na segunda-feira, os corpos de um pai e do filho, que se afogaram no rio Uruguai, na tarde de domingo.Em Porto Alegre, na Ilha das Flores, mergulhadores do Corpo de Bombeiros encontraram o corpo de José Sidnei Machado, de 52 anos, que havia desaparecido no rio Jacuí, também na tarde de domingo.