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Vereadora de Guaíba é suspeita de desviar materiais da prefeitura
08/01/2017 09:38 em Novidades

A Polícia Civil investiga a suspeita de que uma vereadora tenha desviado bens da Prefeitura de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. De acordo com a delegada Sabrina Doris Teixeira, foram encontrados produtos de limpeza, alimentos e brinquedos na casa de Luciana Kubiaki, ex-secretária municipal de Assistência Social, que responde inquérito por peculato – desvio de bens públicos.

Após receber denúncias de que Luciana havia desviado material da prefeitura, a Polícia Civil cumpriu nesta quinta-feira (5) um mandado de busca e apreensão na residência da política. Lá, chamou a atenção de Sabrina a grande quantidade de produtos de alimentação e limpeza que estavam estocados.

Bens apreendidos em casa de vereadora de Guaíba, RS (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Bens apreendidos sobre carroceria de caminhão (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

"Eram diversos itens de materiais de limpeza e de escritório em grandes quantidades", disse a delegada. "Esses objetos estavam armazenados. Alguns estavam encaixotados. Agora a investigação vai analisar a procedência", afirmou.

Entre os objetos, a delegada citou como exemplo 53 pacotes de fermento, 44 caixas de leite e 55 frascos de alvejante. Além disso, havia carne suficiente para ocupar dois refrigeradores. "A denúncia dava conta disso mesmo, bens perecíveis e materiais de limpeza e escritório", comentou Sabrina.

Materiais de escritório estavam entre os bens apreendidos com vereadora (Foto: Divulgação/Polícia Civil)Materiais de escritório estavam entre os bens
apreendidos (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

Apesar de ressaltar que não há nenhuma evidência concreta de que os bens tenham sido desviados do município, a delegada cita um indício: parte das caixas com os materiais tinha etiquetas com o endereço da sede da prefeitura.

O material foi apreendido. A polícia também encontrou uma arma de fogo, que pertencia ao marido da vereadora. Ele foi autuado por porte ilegal de arma e responderá em liberdade.

G1 tentou contato com o advogado José Haussan, que representa Luciana, mas não foi atendido. À RBS TV, o representante afirmou que o casal foi surpreendido pela polícia, e que ainda não teve acesso ao inquérito, o que deve ocorrer na próxima segunda-feira (6).

Segundo o advogado, Luciana e o marido vinham estocando alimentos desde a época em que ela foi secretária municipal, função que exerceu durante quatro anos e na qual tinha boa remuneração. Haussan diz que ela usou o último salário antes de concorrer a uma vaga na Câmara para fazer um rancho, com objetivo de guardar produtos para 2017, ano em que teria uma queda de rendimentos por ter deixado o Executivo municipal.

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