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MP deflagra ação contra falsificação de adubos e fertilizantes no RS
30/08/2016 20:31 em Novidades

São cumpridos mandados nas cidades gaúchas de Arroio do Meio, Bento Gonçalves, Cambará do Sul, Candelária, Carazinho, Chiapeta, Colinas, Estrela, Flores da Cunha, Gaurama, Ibirapuitã, Júlio de Castilho, Lajeado, Panambi, Pareci Novo, Planalto, Rio Pardo, Saldanha Marinho, Santa Cruz do Sul, São Gabriel, São Luiz Gonzaga, São Nicolau, São Pedro das Missões, São Sebastião do Caí e Venâncio Aires, além de Colombo, no Paraná, e Correia Pinto, em Santa Catarina.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul deflagrou na manhã desta terça-feira (30) uma operação contra a falsificação e adulteração de fertilizantes em 25 cidades gaúchas, e também em cidades do Paraná e Santa Catarina.


A ação é coordenada pelo núcleo da Região Metropolitana e Taquari do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Os trabalha contam com o apoio do Ministério da Agricultura e da Brigada Militar. São cumpridos 36 mandados de busca e apreensão.

 


Entre as ordens judiciais está a apreensão de caminhões, veículos e implementos agrícolas que teriam sido comprados com dinheiro obtido por meio do esquema.
De acordo com a investigação conduzida na Operação NPK, são investigados dois grupos suspeitos de falsificação de adubos e fertilizantes para venda. Eles são investigados por organização criminosa, ocultação de bens, estelionato, crime contra as relações de consumo e lavagem de dinheiro.

As investigações começaram por meio de informações encaminhadas pela Ouvidoria-Geral da Assembleia Legislativa do Rio grande do Sul. Os grupos estão baseados nas cidades de Colinas, Lajeado e Arroio do Meio, no Vale do Taquari.


De acordo com o Ministério Público eles são responsáveis por crimes que lesavam milhares de produtores rurais que compravam o adubo para suas lavouras. “Em um estado agrícola como o Rio Grande do Sul as condutas acarretam em prejuízos de extrema gravidade”, afirma o promotor de Justiça Reginaldo Freitas da Silva.


O fertilizante era misturado com outros produtos comprados de forma regular ou irregular aumentando o volume do produto original. O material adulterado era colocado em sacos com marcas comerciais conhecidas, mas não continha os mesmos valores de nutrientes indicados na embalagem. Dessa forma, o produtor rural pagava o preço de mercado por um produto falsificado.


Os fertilizantes minerais sólidos fornecem macronutrientes primários como Nitrogênio, Fósforo e Potássio. A fórmula varia de acordo com a concentração desses nutrientes que são chamadas de misturas NPK, que originou o nome da operação.


Os testes conduzidos pelo Ministério da Agricultura mostram que os produtos adulterados continham pouca ou nenhuma concentração desses nutrientes. De acordo com a pasta, as empresas que produziam os nutrientes não estavam envolvidas no esquema e tiveram suas marcas usadas de forma indevida.

Fonte: G1

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