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Agentes da Polícia Civil protestam contra o parcelamento de salários em Porto Alegre
05/10/2017 20:01 em Novidades

Inspetores e escrivães da Polícia Civil do Rio Grande do Sul se reuniram nesta quarta-feira, no Palácio da Polícia, em Porto Alegre, para protestar contra o parcelamento de salários, que ocorre pelo 22º mês consecutivo devido às dificuldades financeiras alegadas pelo Governo Estadual. Após assembleia, os agentes seguiram em passeata até o Palácio do Piratini, sede do governo gaúcho.

Na assembleia, os agentes decidiram, por unanimidade, entrar em greve a partir da próxima segunda-feira, até o dia 17 de outubro, quando está prevista a integralização dos pagamentos dos salários.

A categoria reúne 4,9 mil agentes. O governo ainda não se posicionou sobre a decisão. Somente serão atendidos os casos gravíssimos, segundo o diretor financeiro da Ugeirm, sindicato que representa os agentes, Cládio Wohlfahrt. Como, por exemplo, formalização de flagrantes, ou casos em que crianças sejam vítimas, cita ele. "Todo o regramento da greve vai ser definido pelo comando, que vai se reunir nos próximos dias".

A categoria também protesta contra a superlotação das delegacias. "É necessário acabar com as prisões na carceragem, ou algo grave vai acontecer", declarou Cládio, lembrando o caso de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde na quarta-feira (4) mais de 50 homens estavam presos no pátio, algemados uns aos outros. O diretor salienta que a Polícia Civil enfrenta um momento difícil, em que, pela primeira vez, conta com menos de 5 mil policiais em seu efetivo. "É um marco histórico. O ideal eram termos 10 mil", observa Wohlfahrt.

No início do governo, ainda de acordo com o diretor, eram mais de 5 mil. "A categoria não suporta mais. É irresponsável o governo não pagar os policiais, que mantém um mínimo de segurança". De acordo com o escalonamento de pagamentos dos servidores, anunciado no início do mês pelo governador José Ivo Sartori, cerca de 1,2 mil policiais vão receber o salário somente no dia 11.

O restante, no dia 17.Além dos policiais, o Rio Grande do Sul também enfrenta a greve dos professores, que completa um mês nesta quinta-feira (5).

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