Dr. Milton Dummel questiona a quem interessa o fechamento da instituição

Uma matéria divulgada esta semana pela RBS TV Santa Rosa sobre o Hospital Dom Bosco acabou gerando um grande mal estar para a direção da entidade e muitas dúvidas para a comunidade. 
Na matéria, embasada em denúncia do Presidente do SINDISAÚDE Lino Puhl, foi veiculado que o sindicato fez a entrega ao Ministério Público, um documento, o qual denunciava o mau uso do dinheiro público, gestão entre outros. Que tal documento teria sido assinado por mais de cem funcionários do Hospital. 
Depois da divulgação vários funcionários procuraram a direção para dizer que assinaram documento no SINDISAUDE para propor melhorias ao hospital e não de denuncias à direção. Este fato levou o Dr. Milton Dummel, Presidente da ABOSCO, a fazer Boletim de Ocorrência na Polícia Civil para que tal fato seja devidamente investigado, sendo verdadeiro que seja feita representação quanto ao responsável por este ato. Da mesma forma , Dr. Milton deu ciência ao Ministério Público sobre a fraude no documento protocolado.
Quanto ao teor das “denuncias” apresentadas pela RBS, que não teve cuidado de verificar a sua veracidade, a direção do hospital esclarece:

FALTA DE MEDICAMENTOS:
“Existe uma lista de medicamentos padronizados dentro do hospital e não existe falta destes medicamentos. Os excepcionais, de alto custo, são adquiridos, criteriosamente, quando necessário. Não há nenhum fato de paciente internado que não tenha tido todos procedimentos prescritos pelos médicos atendidos.
ALIMENTAÇÃO
“Se você for fazer hoje uma enquete com os pacientes sobre a alimentação no hospital, verá que todos elogiam. É uma alimentação feita por uma nutricionista qualificada e temos além dos alimentos normais, os alimentos que são utilizados via sonda, padronizados, e de excelente qualidade. Alimento nunca faltou no hospital, até porque além de comprarmos, nós ganhamos muito da comunidade através de doações.
As imagens veiculadas na televisão, de prateleiras vazias não são as imagens do setor de onde estão os alimentos e nem mesmo do estoque de material de higiene. Foram feitas imagens de locais que não condizem com o local correto destes estoques. É muito fácil você pegar uma prateleira vazia qualquer e dizer o que quiser, inclusive em uma das imagens da RBS TV podemos ver bem que eles falam em alimentos e tem uma fronha em um canto demonstrando não ser local de estoque de remédios ou produtos de limpeza. Estas imagens não condizem com a realidade.
FECHAMENTO DA U.T.I:
O Hospital manteve a UTI aberta durante seis meses sem receber nenhum pagamento pelos serviços prestados, decidindo interromper a prestação de serviços até que a documentação para regularização dos pagamentos estivesse concluída, devendo retomar o serviço neste mês.
A U.T.I começou a funcionar em novembro do ano passado e não em dezembro como dizia a reportagem, e até o final de abril foram seis meses de trabalho, SEM REMUNERAÇÃO.
O mês de março culminou com o maior gasto da U.T.I que foram R$ 242 mil reais. O custo fixo dela, somente com os 36 novos funcionários e médicos plantonistas, rotineiro, chefe da UTI, fisioterapeutas, é de R$ 174.000,00 por mês, sem considerar o custo de medicamentos, oxigênio, energia, alimentos, higienização. Neste período de 6 meses, gastamos mais de R$ 1.300.000,00.
A QUEM INTERESSA O FECHAMENTO DO ABOSCO?
A direção do ABOSCO é feita por voluntariado, e composta por pessoas idôneas de nossa comunidade comoMilton Dummel, Leila Pinto, Jacob Gauer, Clarice Muller e Renato Carpenedo; e trabalham no hospital 160 funcionários e mais de 20 médicos. 
A ABOSCO passa por um processo de reformulação de sua gestão, a exemplo do que ocorreu com o hospital Vida & Saúde na década passada. A gestão passará a ser feita por um conselho. 
No momento estão sendo feitos alguns passos necessários para esta alteração, como uma auditoria, parceria de gestão com o Hospital Moinhos de Vento e adequações estatutárias. Um grupo de pessoas já está trabalhando neste sentido.
O início dos serviços de cardiologia, que darão novo perfil econômico ao hospital, está em fase adiantada. O aparelho de hemodinâmica deverá estar em Santa Rosa em 120 dias. Podemos prever que até o final do ano estará prestando serviços cardiológico à comunidade regional.
Todos estes processos em cursos foram divulgados na imprensa e ao SINDISAÙDE, em reunião com a presença do gestor municipal Anderson Mantei e do Coordenador Regional de Saúde Valdemar Fonseca.
Estranhamente, o SINDISAÚDE promove uma denúncia. Estranhamente a RBS repercute a nível de estado sem cuidados que uma matéria jornalística deve ter – tanto que deu espaço para denuncia e resquícios de tempo para o contraditório.
Qual interesse do Sr. Lino Puhl? Defesa do interesse dos funcionários da ABOSCO ou promover o fechamento definitivo da instituição? Jogar a reputação de pessoas sérias, com história de respeito e trabalho de nossa cidade, na lama?
Trouxe a tona processo trabalhistas já equacionados; vídeos de goteiras num período de chuvas intensas onde chovia na maioria das casas de nossa cidade (com a RBS mostrando esta realidade todos os dias); prateleiras vazias sem contexto; denuncias sem trazer nenhum prejudicado ou paciente não atendido.
As ações sindicais e de promoção pessoal, usando a honra das pessoas é muito triste.
A investigação policial e a ação do Ministério Público vai demonstrar o que é fato e o que é denuncia caluniosa, criminosa.
A sorte da ABOSCO foi jogada levianamente, porém a instituição não será derrubada enquanto tiver pessoas bem intencionadas trabalhando para garantir que este importante serviço continue sendo prestado para a comunidade e que os empregos dos seus funcionários sejam garantidos.

A informação é da Assessoria de Imprensa do Hospital
Fotos-Arquivo