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Ministério do Trabalho apura causas do vazamento de amônia em frigorífico JBS
14/04/2017 10:18 em Novidades

Um dia após o vazamento de amônia no frigorífico JBS, em Campo Grande, a Polícia Militar Ambiental (PMA) voltou ao local para avaliar os danos ambientais na sexta-feira (7) e notificou a empresa a apresentar plano de tratamento da água residual usada na contenção do gás. A multa pelo crime ambiental de poluição pode chegar a R$ 50 milhões, segundo informou a PMA.

O Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT/MS) instaurou inquérito civil para apurar as razões e as consequências do vazamento de amônia na unidade II do frigorífico JBS - que emprega aproximadamente 1,2 mil pessoas, na zona rural de Campo Grande. O caso acontece no início da tarde de quinta-feira (6) e agora o órgão quer saber se houve descumprimento das normas de saúde e segurança do trabalho. Diversos funcionários foram socorridos e encaminhados a postos de saúde da Capital.  

O procurador do trabalho Celso Henrique Rodrigues Fortes esteve no local na manhã de sexta-feira (7) - um dia depois do acidente -, acompanhado de perito do MPT, auditores fiscais, equipes da Polícia Militar Ambiental, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros.  

A análise concluiu que o vazamento ocorreu na Casa de Máquinas e foi provocado pelo rompimento da carcaça de uma bomba do sistema de congelamento. Os alarmes foram então acionados, resultando na evacuação dos setores de produção. A amônia passou a ser eliminada pelo sistema de exaustão contínua para fora da unidade. Rapidamente, por conta da ventilação no local, o gás se espalhou. “Muitos funcionários correram na direção em que o vento arrastava a amônia. Esse gás, quando inalado, afeta o sistema respiratório e compromete a saúde dos trabalhadores”, observou Fortes.

O Ministério Público do Trabalho aguarda, agora, o envio de relatórios e de laudos técnicos pelos órgãos que compareceram ao local do acidente. Será analisada, por exemplo, a existência de Plano de Resposta a Emergências e de Plano de Manutenção de Máquinas e de Equipamentos. A empresa terá 10 dias úteis para se manifestar sobre o acidente, a contar da notificação, apontando as providências adotadas em relação ao vazamento.                         

Esse é o segundo inquérito instaurado pelo MPT/MS sobre vazamento de amônia em 2017. Em fevereiro, foi aberto um procedimento depois de problema semelhante no frigorífico Marfrig, em Bataguassu, que resultou na intoxicação de 21 funcionários.

Fonte: Correio do Estado

 

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