Em clima de otimismo, foi aberta a 10ª Colheita da Soja no Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira (24) em Tupanciretã, na Região Central. A perspectiva é de uma safra recorde, prevista em 16,8 milhões de toneladas, 3% a mais que em 2016.

O estado é atualmente o terceiro maior produtor de soja do país, atrás somente do Mato Grosso e do Paraná. A Emater estima que a produção vai injetar mais de R$ 18 bilhões na economia do estado.

Carro-chefe da produção de grãos de verão do estado, a soja traz bastante expectativa ao agricultor Sérgio Bronzatti, que planta 950 hectares em Cruz Alta, na Região Noroeste. No ano passado, ele colheu cerca de 60 sacas por hectare. Neste ano, espera aumentar ainda mais esse número.

"Vai ser melhor que o ano passado. No mínimo 10%, 15% a mais que no ano passado, que já foi um ano bom", afirma.

A estimativa é que a produtividade média, que é a quantidade de grãos que se tira da lavoura, será 2% maior que na safra passada. A preocupação dos produtores agora é o preço pago pelo grão. Segundo a Emater, hoje o valor de comercialização da saca de 60 kg de soja está em torno de R$ 62.

“O preço está bem ruim. Baixou 20% em relação ao ano passado. Então isso vai tirar um pouco o lucro do que a lavoura poderia render. Vai produzir bem, mas o preço está atrapalhando bastante”, analisa o agricultor.

A safra de grãos de verão no estado, que inclui, além da soja, o arroz, o milho e o feijão, está projetada em 30,86 milhões de toneladas em uma área plantada de 7,5 milhões de hectares. O valor bruto da produção é de R$ 29 bilhões.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção nacional de soja ficará em torno de 107,61 milhões de toneladas. O Brasil é o segundo maior produtor, atrás somente dos Estados Unidos, que produz 336,62 milhões de toneladas, conforme dados do Departamento de Agricultura Americano.

Fonte: G1