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Camponesas dizem que ficaram 3h 'encarceradas' pela PM em ônibus
08/03/2017 16:39 em Novidades

Trabalhadoras rurais denunciam que ficaram três horas desta quarta-feira (8) “encarceradas” indevidamente pela Polícia Militar em um ônibus, em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. Segundo elas, 80 mulheres foram obrigadas a entrar no veículo para ir à delegacia após um protesto contra a Reforma da Previdência na agência do INSS da cidade.

“Ficamos três horas no ônibus sem comer e sem beber, com as crianças. Uma idosa, de 60 anos, até desmaiou. Depois de muita negociação, nos soltaram”, relatou Patrícia da Silva, que integra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).Procurada pelo G1, a Polícai Militar não se pronunciou sobre a denúncia do MST até a publicação desta reportagem.

De acordo com as manifestantes, elas foram levadas para a delegacia porque, durante o ato, a porta da agência quebrou. No entanto, as camponesas alegam que os próprios guardas da unidade provocaram o problema. Na ocasião, uma manifestante também se machucou.

“Nós tentamos entrar e eles empurraram a porta para evitar que entrássemos. Vieram com tanta agressão, com tanta força, que a porta caiu para o nosso lado, que caiu sobre uma senhora que participava do protesto”, relatou.

Segundo Patrícia, as mulheres foram liberadas após três horas dentro do veículo. Porém dois integrantes foram presos por depredação. Elas afirmam que vão ficar em vigília em frente à delegacia até que eles sejam liberados.

As duas camponesas que se machucaram foram levadas para o Hospital Municipal de Formosa. Porém, não há informações do estado de saúde delas.

G1 procurou o INSS, mas não obteve um posicionamento ´do instituto sobre o caso até a publicação desta reportagem.

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