Em Santa Rosa, na Região Noroeste do Rio Grande do Sul, uma UTI que custou cerca de R$ 2,5 milhões para os cofres da prefeitura e do estado, foi concluída há dois anos, mas nunca recebeu pacientes. Os equipamentos importados e modernos nunca foram usados na unidade do Hospital Dom Bosco.
“Hoje é impossível você contratar uma equipe de 40, 50 funcionários entre médicos, enfermeiros e técnicos, para aguardar esse prazo para daí sim ser credenciado”, detalha o Dummel.
De modo geral, quase todas as pessoas atendidas em UTIs são pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e o tratamento em unidades como essa custam caro. Por isso, o credenciamento no Ministério da Saúde é fundamental.
No entanto, para o Hospital Dom Bosco, é uma realidade ainda muito distante dos pacientes. “Superlotou outros hospitais, em Santa Rosa, Ijuí, Santa Maria e Passo Fundo. Pode ir aqui ter tratamentos melhores, com médicos especializados”, reclama o contador Arisson João Pinheiro. “Quanta gente tem que sair pra longe, né?”, continua o aposentado Getúlio Pinheiro.
“Não tem alternativa, tem que habilitar, contratar as pessoas e funcionar. A prefeitura de Santa Rosa já se dispôs a antecipar os primeiros 30 dias para o hospital, porque o hospital vai contratar as pessoas e vai pagar os salários ao final de 30 dias. A prefeitura já se dispôs a fazer esse pagamento, antecipar, e o estado está se propondo a agilizar a habilitação junto ao Ministério da Saúde. No que essa UTI começar a funcionar, nós vamos encaminhar esse processo a Brasília, o município de Santa Rosa antecipa os primeiros 30 dias, e nós vamos fazer todo o esforço para habilitar o mais rápido possivel junto ao Ministério da Saúde. Essa é a única alternativa que existe”, sustentou.
A Prefeitura de Santa Rosa disse que poderá colocar recursos, mas só depois do credenciamento do Ministério da Saúde.
Fonte: G1